Tiago Tartari
Tiago Tartari

Executivo, Mentor e Especialista em Tecnologia

Eu ajudo e capacito pessoas e organizações a transformar problemas complexos em soluções práticas usando a tecnologia para atingir resultados extraordinários.

Tiago Tartari - Microsoft MVP
Tiago Tartari - Especialista em SRE

Líder não é protagonista!

– Você gosta de tecnologia?

– Gosto.

– Se você gosta, é o seguinte…, eu tenho duas vagas para um curso com certificação da Microsoft e vou dar uma vaga para você, você quer?

Sinto até um nó na garganta, de tanta surpresa:

– Lógico que eu quero!

Este breve diálogo mudou a minha vida profissional. O professor que me ofereceu essa vaga gratuita em um curso caríssimo da época, onde ele era o administrador, reconhecia que eu era um aluno esforçado e por isso me proporcionou a oportunidade, mesmo sem a necessidade de fazer a prova necessária para tal.

Eu percebi com aquela experiência, a força que uma liderança podia exercer sobre a vida de alguém. Sua percepção a meu respeito e a vontade de exercer ações na comunidade em seu entorno, abriu um mundo para mim: da educação e do conhecimento. Este professor sob o exercício positivo de sua liderança moldou meu futuro profissional.

Vim de escola pública e naquele exato momento, tinha acabado de iniciar meu primeiro emprego como estagiário. Imagina se eu teria dinheiro para investir naquilo tudo? É claro que não! Sequer tinha tempo e os líderes na empresa onde acabava de começar me apoiaram naquela jornada, me liberando para estudar meio período durante um ano e meio para a certificação.

Foi uma trajetória e tanto: eu fui reconhecido por um grande líder, liberado e apoiado por outros, estudei, trabalhei e saí com nove certificações assinadas pelo próprio Bill Gates, orgulho que carrego até hoje. Não apenas pelos certificados pendurados em quadros na parede, mas por mim mesmo e pelas pessoas que encontrei no início de minha carreira, que me servem como exemplo até este instante.

Quantos jovens tem ou tiveram a oportunidade que eu tive? Quantos líderes dispostos a olhar em seu entorno estão atuando em suas comunidades de forma tão positiva? E quantas empresas estão de acordo a liberar seus estagiários ou funcionários, sem desconto na folha de pagamento, por meio período durante mais de um ano, para que se profissionalizem? Sabemos que a realidade que aconteceu comigo não acontece em cada esquina ou com todo mundo.

“Obrigado, meu Deus!”

Esta vivência foi fundamental na minha carreira, inclusive para atuar como bom líder. Nós somos moldados pelas experiências que vivemos e pelas pessoas com quem interagimos. Uma ou outra serve de exemplo para aquilo que queremos ser e outras do que não desejamos parecer de jeito nenhum.

Após trabalhar nesta primeira empresa, eu tive boas oportunidades em outros locais de trabalho, onde fui me especializando dentro da área de tecnologia, com desenvolvimento contínuo da prática e do conhecimento.

Alguns anos depois, abri a minha própria empresa, com uma plataforma de e-commerce, fase onde tive bons clientes e atendi grandes empresas, apesar de ter um time pequeno.

Cerca de seis anos depois, com a crise política-econômica, eu acabei fechando a empresa, mas muito feliz com tudo o que tinha acumulado de experiência até ali, então decidi procurar um emprego.

“De volta a CLT!”

Esta busca não foi fácil, foi uma época difícil e ficar desempregado não era uma situação a qual estava habituado, comecei a ficar chateado e com medo, sobre o quanto tempo aquilo ia durar. 

Certa vez, desabafando com um colega da minha igreja sobre a situação, um até então colega estava por perto e ouviu minha preocupação e perguntou com o que eu tinha trabalhado na minha empresa:

– Plataforma de e-commerce – respondi.
– O que?

Ele fez várias perguntas a respeito do conhecimento que tinha, depois me intimou:

– Vem no meu trabalho, daqui a dois dias, falar comigo.

Ele se prontificou a me ajudar imediatamente, sem que eu dissesse uma palavra. E no encontro seguinte, me empregou na empresa onde já era diretor.

Aquele gesto foi inesquecível, pois ele não tinha responsabilidade alguma sobre a dificuldade que estava passando em me recolocar no mercado, assim como lá atrás, aquele professor não tinha qualquer obrigação com o meu futuro. Porém, mais uma vez, eu constatei, o quanto líderes natos podem transformar a vida das pessoas a sua volta.

Eu não apenas aceitei o emprego, como o tomei como mais um modelo de liderança.

O ato de liderar e as consequências positivas e negativas que vem com esse desafio ficaram muito claros para mim durante o fechamento da minha empresa, quando me senti decepcionado com algumas atitudes e falta de apoio.

Foi quando compreendi que a liderança chega através de cicatrizes. Ninguém nasce pronto ou recebe um manual de instrução. E ainda que recebesse, o ato de liderar é um caminho único, cada um tem que descobrir e trilhar o seu, aprendendo a se moldar e a se melhorar diante das situações que se apresentam em cada trajetória.

Trabalhar com pessoas exige saber lidar com pessoas e com nós mesmos, em primeiro lugar. E perceber isso não foi uma tarefa fácil.

Eu tinha uma confiança e admiração tremenda pelo diretor e amigo que me recolocou no mercado de trabalho. E se eu pensava que tinha tudo para ser como ele, Deus veio me mostrar, que eu ainda tinha muito para trabalhar em mim mesmo e me desenvolver como ser humano.

Numa reunião com um subordinado e esse diretor, acabei perdendo a calma e tive uma ação agressiva em relação ao funcionário. O diretor não disse nada, apenas me convidou para almoçar, logo em seguida, num encontro que se tornou memorável.

Calmamente, ele relatou o que havia acontecido na reunião e a forma como tinha agido mal em relação ao nosso colega. Ele me mostrou de forma sensata, o quanto havia agido errado e como poderia ter sido bem diferente.

Sim, eu me senti envergonhado, mas muito admirado pela postura daquele líder.

Ele podia simplesmente ter me mandado embora. Eu não discordaria de sua atitude, se assim ele o tivesse feito, mas o que aconteceu foi o contrário: ele me deu uma lição de vida, de profissionalismo, liderança e maturidade.

Problemas sempre vão existir, este é o papel de todo e qualquer líder: resolver problemas. O que faz a diferença é justamente a forma como se lida com os pontos a serem resolvidos. E agressividade e descontrole das emoções não era um caminho a ser seguido.

Eu aprendi! E nunca mais me esqueci.

Não foi uma mudança da noite para o dia, mas um caminho de transformação, onde aprendi a me policiar, me observar e sempre revisitar minhas ações, atitudes e pensamentos. No início, não é fácil, porque é cansativo, mas a longo prazo, se torna um hábito e a excelência fica no modo automático.

“Ufa!

Hoje eu sei, que com tudo isso, eu aprendi a fazer as pessoas crescerem sob a minha liderança e sinto orgulho disso.

Eu sou muito grato à Deus por todas as situações que vivenciei e pelos bons líderes que tive em meu caminho. Ter pessoas que ensinam a boa liderança nos impulsiona, se tornam referência, um ponto de partida. É simplesmente inspirador!

Que se saiba: puxões de orelha fizeram parte desta transformação. Vários! Necessários e assertivos!

Com tudo isso, ficou claro para mim, algo que carrego até este momento: o que eu não quero que façam para mim, certamente é o que eu também não quero oferecer as pessoas que trabalham comigo.

O que isso significa?

Se eu não quero trabalhar com um líder agressivo, então não posso ser agressivo. Se eu não espero ter um líder que não me ajude a dar os próximos passos, consequentemente, eu também não posso falhar com meus liderados nesse sentido.

Eu aprendi a refletir sobre o que não quero e não gosto e trabalhar em mim mesmo para que eu me torne o que desejo ver nas pessoas. E funciona! É uma espécie de ferramenta no meu dia a dia.

Afinal, o que é gerenciar? Segundo um bom livro de teoria: resolver problemas. Para isso, é preciso pessoas, cumprir metas fazendo o que é certo!

Isso me pegou profundamente!

Trabalhando como consultor atualmente, sei que não tenho liderados direto, mas lidero meus clientes, porque preciso indicar para eles o que está certo e o que está errado. Aprendi que, consultoria, é a arte do óbvio, porque na maioria das vezes, os clientes sabem o que fazem, mas nem sempre sabem executar e vender. Aí entra a liderança!

As melhores lições que aprendi sobre liderança são que um líder deve impulsionar as pessoas, tirá-las de sua zona de conforto e estar junto com elas. E o que não se pode ser de forma alguma como líder é se tornar concorrência para o próprio time. Um líder tem que fazer com que seu time cresça, para que elas brilhem e não ele. Porque quando um time brilha, esse brilho resplandece também o líder. É assim que deve ser!

Líder não é protagonista, é coadjuvante!

Atuação

Como executivo e consultor, foco em identificar oportunidades de crescimento rentável, reorientar estratégias e orientar na adoção de tecnologias apropriadas.

Na função de mentor, auxilio pessoas a desenvolverem e aperfeiçoarem seu know-how, assegurando a implementação efetiva de suas ideias.

Reconhecimento

Premiado com o título de Microsoft Most Valuable Professional, este reconhecimento afirma minha influência, compromisso e liderança na comunidade técnica.

Atuo também como palestrante em importantes eventos de tecnologia, incluindo The Developers Conference e Microsoft Ignite, compartilhando insights e experiências valiosas.

Experiência

Minha atuação integra experiência e excelência técnica, com foco nos impactos da tecnologia nos negócios. Como executivo e consultor, navego entre estratégias e operações, e como mentor, oriento líderes experientes e profissionais sêniores.

Contribuí significativamente em empresas como Centauro, Tok&Stok e Braspress aplicando minhas habilidades em arquitetura de software, SRE, especialmente durante eventos de alto volume como a Black Friday. Hoje atuo como consultor estratégico na EximiaCo.

Histórias de sucesso

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L'Occitane
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Insights

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