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Aprenda diferentes abordagens para coletar traces, logs e métricas utilizando OpenTelemetry

Descubra como cada modelo do OpenTelemetry Collector transforma a coleta de sinais em uma estratégia de observabilidade eficiente. Saiba como traces, logs e métricas podem ser processados de forma centralizada, isolada ou simplificada, dependendo das necessidades do seu sistema.

Insights

  1. A eficiência no monitoramento depende de como traces, logs e métricas são coletados e processados. Cada sinal oferece uma perspectiva complementar sobre o desempenho dos sistemas.
  2. Modelos como Gateway, Sidecar e SDK impactam a maneira como dados fluem e são gerenciados, moldando a confiabilidade do monitoramento.
  3. O OpenTelemetry permite adaptar soluções combinando modelos arquiteturais, como usar Gateways para centralizar dados enquanto Sidecars garantem isolamento em serviços críticos.

Introdução

A observabilidade é sustentada por três pilares: traces, logs e métricas. Cada um desses sinais desempenha um papel para ajudar equipes a monitorar sistemas, diagnosticar problemas e tomar decisões informadas. O sucesso na implementação da observabilidade depende de como esses sinais são coletados, processados e enviados para análise.

Abordagens para coletar traces, logs e métricas com o OpenTelemetry Collector

O OpenTelemetry Collector é uma solução agnóstica a fornecedores para receber, processar e exportar dados de telemetria. Ele elimina a necessidade de operar e manter múltiplos agentes ou coletores específicos de ferramentas específicas, consolidando a coleta em um único componente escalável. Além disso, o Collector é compatível com formatos de dados de observabilidade de código aberto amplamente utilizados, como Jaeger, Prometheus entre outros e pode enviar esses dados para um ou mais backends, sejam eles de código aberto ou comerciais.

A configuração padrão do Collector permite que as bibliotecas de instrumentação exportem seus dados de telemetria diretamente para um endpoint local, otimizando o fluxo de dados e simplificando a implementação.

Objetivos do OpenTelemetry Collector

Usabilidade simplificada

O OpenTelemetry Collector foi projetado para oferecer uma experiência prática e acessível. Com configurações padrão intuitivas, ele facilita o início da coleta de dados, suportando protocolos populares como OTLP, Jaeger, Prometheus e Fluent Bit. A possibilidade de operar de forma pronta para uso reduz significativamente a complexidade inicial, permitindo que equipes integrem facilmente a solução ao fluxo de trabalho existente.

Desempenho consistente

Capaz de lidar com grandes volumes de traces, logs e métricas, o Collector é otimizado para manter alta estabilidade e eficiência mesmo sob cargas variáveis. Essa robustez permite que ele funcione bem em cenários complexos e de alta demanda, garantindo que os dados de telemetria sejam processados e enviados de maneira confiável, sem comprometer a integridade do sistema.

Observabilidade interna

Como um exemplo de um serviço altamente observável, o Collector fornece métricas detalhadas e logs operacionais que ajudam a monitorar sua própria operação. Essa capacidade não apenas assegura que ele está funcionando corretamente, mas também permite que as equipes identifiquem rapidamente possíveis gargalos ou falhas no pipeline de coleta de dados.

Extensibilidade personalizável

O design modular do OpenTelemetry Collector permite uma ampla personalização sem alterações no código central. Isso possibilita adaptações específicas para diferentes necessidades operacionais por meio de configurações ou plugins. Seja para filtrar dados, adicionar novos destinos de exportação ou implementar transformações, o Collector é altamente flexível e adaptável.

Unificação de sinais

Uma das maiores forças do Collector é sua capacidade de unificar a coleta de traces, logs e métricas em uma única solução. Ele pode ser implementado como um agente local para sistemas menores ou como um coletor centralizado para infraestruturas complexas e distribuídas. Essa versatilidade elimina a necessidade de múltiplas ferramentas, simplificando a implantação e a manutenção.

Quando utilizar o OpenTelemetry Collector

Ambientes de desenvolvimento e pequena escala

Para quem está começando a explorar o OpenTelemetry ou operando em um ambiente de menor complexidade, enviar dados diretamente para o backend pode ser uma solução prática e rápida. Em cenários de desenvolvimento ou escalas reduzidas, o uso direto dos exportadores OTLP embutidos nas bibliotecas de instrumentação oferece resultados satisfatórios sem a necessidade de configurar um collector. Essa abordagem permite um início ágil e uma rápida validação da observabilidade

Ambientes produtivos e de grande escala

Em sistemas maiores e mais complexos, o uso do OpenTelemetry Collector é altamente recomendado. Essa configuração permite que os serviços descarreguem rapidamente os dados de telemetria para o collector, que assume tarefas como:

  • Retransmissões automáticas em caso de falhas na conexão com o backend.
  • Loteamento e compactação de dados, reduzindo o consumo de recursos de rede.
  • Criptografia, para proteger dados sensíveis em trânsito.
  • Filtragem avançada de dados confidenciais, garantindo conformidade com regulamentações.

Essa abordagem otimiza o desempenho das aplicações, descentralizando o gerenciamento de telemetria e melhorando a confiabilidade do pipeline de coleta.

Simplicidade na configuração

Configurar o OpenTelemetry Collector é mais simples do que pode parecer. Por padrão, os exportadores OTLP integrados nas bibliotecas de instrumentação assumem que há um collector em execução localmente. Isso significa que, ao iniciar um collector no endpoint padrão, ele automaticamente começará a receber os sinais de telemetria. Essa facilidade torna o uso do collector uma escolha prática mesmo para equipes com pouca experiência na ferramenta.

Explorando as abordagens do OpenTelemetry Collector

O OpenTelemetry Collector suporta três principais abordagens arquiteturais para a coleta de traces, logs e métricas: Gateway, Collector como Sidecar e SDK sem coletor. Cada uma dessas abordagens atende a diferentes demandas técnicas e operacionais.

Gateway: Centralize o fluxo de dados

O modelo Gateway utiliza o OpenTelemetry Collector como um ponto central para coletar, processar e encaminhar sinais de múltiplos serviços para os sistemas de backend. Essa abordagem é ideal para ambientes distribuídos, como microserviços ou ecossistemas de APIs.

Como funciona?

  • As aplicações enviam sinais no formato OTLP ao Gateway atravéz de um loadbalancer.
  • O Gateway processa os sinais aplicando transformações, filtragens e agregações.
  • Após o processamento, os dados são enviados para os sistemas de backend, como Prometheus, Jaeger ou Elasticsearch.
OpenTelemetry - Gateway: Centralize o fluxo de dados

Vantagens do Gateway

  1. Centralização da coleta: Todos os sinais são consolidados em um único ponto, simplificando o gerenciamento.
  2. Transformação de dados: O Gateway pode aplicar políticas de filtragem ou mascaramento de dados sensíveis antes do envio.
  3. Escalabilidade: Pode ser configurado com balanceadores de carga, como HAProxy, para lidar com grandes volumes de dados.

Desafios do Gateway

  1. Ponto único de falha (SPOF): Sem uma configuração redundante, a indisponibilidade do Gateway pode interromper a coleta de dados.
  2. Complexidade operacional: Requer uma infraestrutura adicional para alta disponibilidade e escalabilidade.

Collector como Sidecar: Isolamento e Resiliência

O modelo Sidecar coloca um OpenTelemetry Collector ao lado de cada aplicação. Cada serviço possui seu próprio collector, garantindo maior isolamento e resiliência.

Como Funciona?
  • As aplicações enviam sinais para um collector local.
  • O collector processa os sinais e os encaminha para o backend configurado.
  • Esse isolamento evita que problemas em um serviço impactem a coleta de dados de outros.

Vantagens do Sidecar

  1. Isolamento total: Cada aplicação possui seu próprio pipeline de coleta, reduzindo interferências entre serviços.
  2. Resiliência: Falhas no pipeline de um serviço não afetam os outros.
  3. Escalabilidade dinâmica: Ideal para clusters Kubernetes, onde os sidecars podem ser escalados automaticamente.

Desafios do Sidecar

  1. Maior consumo de recursos: Cada aplicação requer um collector separado, aumentando o uso de CPU e memória.
  2. Gerenciamento complexo: A configuração e monitoramento de múltiplos collectors podem exigir ferramentas de automação avançadas.
OpenTelemetry - Collector como Sidecar: Isolamento e Resiliência

SDK sem Coletor: Simplicidade Operacional

O modelo SDK elimina intermediários, permitindo que as aplicações enviem sinais diretamente ao backend. É a abordagem mais simples e prática, mas possui limitações em ambientes complexos.

Como funciona?

  • As aplicações usam o SDK do OpenTelemetry para coletar sinais localmente.
  • Esses sinais são enviados diretamente ao backend, sem a necessidade de um collector intermediário.

Vantagens do SDK

  1. Simplicidade: Reduz a necessidade de infraestrutura adicional.
  2. Baixo custo operacional: Ideal para sistemas com baixa complexidade e volume de dados.
  3. Implementação rápida: Requer pouca configuração inicial, permitindo resultados imediatos.

Desafios do SDK

  1. Impacto no desempenho: Em sistemas de alta carga, o envio direto pode sobrecarregar as aplicações.
  2. Menor flexibilidade: Transformações e agregações são limitadas às capacidades do SDK.

Conclusão

As três abordagens do OpenTelemetry Collector oferecem soluções flexíveis para gerenciar traces, logs e métricas. Enquanto o Gateway centraliza o processamento, o Sidecar prioriza isolamento e resiliência, e o SDK oferece simplicidade para cenários de baixa complexidade. A escolha da abordagem ideal depende do contexto técnico e das necessidades específicas do sistema.

FAQ: Perguntas Frequentes

1. O que é o OpenTelemetry Collector?

O OpenTelemetry Collector é uma ferramenta agnóstica a fornecedores projetada para coletar, processar e exportar dados de telemetria, como traces, logs e métricas. Ele elimina a necessidade de múltiplos agentes ou coletores específicos, consolidando a coleta em uma única solução escalável.

2. Quais são os principais sinais que o OpenTelemetry coleta?

Os três sinais principais são:

  • Traces: Representam o fluxo de uma transação ou requisição por diferentes serviços.
  • Logs: Registros detalhados de eventos, como erros e mensagens de depuração.
  • Métricas: Dados numéricos, como latência, throughput e uso de recursos.

3. Quais são os modelos arquiteturais suportados pelo OpenTelemetry Collector?

O OpenTelemetry Collector suporta três abordagens principais:

  • Gateway: Centraliza a coleta de dados em um único ponto.
  • Collector como Sidecar: Cada aplicação possui seu próprio collector, garantindo isolamento.

4. Quando devo usar o modelo Gateway?

O modelo Gateway é ideal para sistemas distribuídos, como ambientes de microserviços, onde a centralização da coleta simplifica o gerenciamento e permite aplicar transformações uniformes nos dados.

5. Qual é a vantagem do modelo Sidecar?

O modelo Sidecar oferece isolamento completo, garantindo que falhas em uma aplicação não afetem outras. É especialmente útil em ambientes como Kubernetes, onde a resiliência e o isolamento são essenciais.

6. O que diferencia o SDK sem coletor das outras abordagens?

O SDK sem coletor elimina intermediários, enviando dados diretamente ao backend. É a abordagem mais simples, mas possui limitações em ambientes complexos, como maior impacto no desempenho das aplicações.

7. O OpenTelemetry Collector suporta quais formatos de dados?

O OpenTelemetry Collector é compatível com vários formatos populares de observabilidade, incluindo OTLP (OpenTelemetry Protocol), Jaeger, Prometheus, e Fluent Bit. Ele pode enviar dados para backends de código aberto ou comerciais.

8. O que é um ponto único de falha (SPOF) no modelo Gateway?

No modelo Gateway, se o collector central falhar, toda a coleta de dados será interrompida. Esse problema pode ser mitigado configurando alta disponibilidade com múltiplos collectors e balanceadores de carga, como o HAProxy.

9. O OpenTelemetry Collector pode ser usado em sistemas legados?

Sim, o OpenTelemetry Collector é compatível com diversas tecnologias e pode ser integrado a sistemas legados usando exportadores personalizados ou intermediários para adaptar os dados ao formato necessário.

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Tiago Tartari

Tiago Tartari

Eu ajudo e capacito pessoas e organizações a transformar problemas complexos em soluções práticas usando a tecnologia para atingir resultados extraordinários.

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